quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O Ouro Negro do Marquês de Jacarepaguá.

 É fruto da Terra escolhido
 arrancado vem rústico sereno.
É pomo de discórdia.
Fidalguia prestígio Engenho.

Um reluzente dourado
que turva tudo.
Fé, Amor e Entendimento.

Foi semente torrada, moída
grão em pó.
Riquezas, Demandas,Sofrimentos

Um reluzente dourado,
 que turva tudo.
Fé, Amor e Entendimento.

É ouro negro, fortuna engenho.
Colhido derriçado se seca.
no vasto terreiro da frente.

É pomo de discórdia,
que turva tudo.
Fé, Amor e Entendimento.

Torrado é todo ensacado.
Viaja a corte nos lombos dos burros,
junto aos tropeiros.

Da Taquara, Campinho a Irajá
Serpenteia a velha baixada inteira.

Da Terra és fruto,
que suave mistura.
Junto ao doce mel da caiana,
e ao pó muido se funde.

Da casa grande á senzala
Dos morros aos solares
Da xícara de porcelana ao copo de barro cozido.

É fruto a rubiácia: Senhores.
Foi Mello Palheta na Guiana Francesa "buscar".
Vem de longe esta semente eutíope,
um império a fundar.                                                                                                                                             
Um BARÃO que não quis ser  Conde.Um VISCONDE que vende seus cobres ....Um MARQUÊS que seu nome é JACAREPAGUÀ...